Hoje trago-vos mais quatro criadores que estiveram também presentes na Moda Lisboa, para apresentar as suas colecções de primavera-verão 2016.
O primeiro de que vos venho falar é de Dino Alves.
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Dino Alves |
Para esta colecção Dino Alves inspirou-se no próprio processo de criação de uma colecção ou projecto criativo/artístico que implique rascunhar, anotar, rasurar, amarfanhar papeis com anotações de ideias primárias ou de combinações de cores e formas que podem ser, ou não abandonadas com o objectivo de chegar ao produto criativo. A sua colecção apresentou 42 coordenados. Ficam aqui alguns desses coordenados exemplificativos da sua colecção.
Dino Alves usando cores de certa forma discretas e suaves bem como materiais muito variados, aplicou um trabalho técnico, manipulando tecidos de forma a darem a impressão de linhas riscadas, efeitos enrugados e amarfanhados através de franzidos aleatórios que achei muito interessantes. Outra novidade foi a criação de peças com impressão 3D. As assimetrias e os volumes irregulares também foram uma constante.
Filipe Faísca foi outro designer de renome que nos surpreendeu com a sua colecção.
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Filipe Faísca |
"legacy" é o nome da colecção de Filipe Faísca, que conta com cerca de 66 modelos e que foi influenciada pelos tempos de contenção dos anos 60-65. Sem descurar o luxo da colecção apresentada as suas silhuetas apresentaram-se polidas e minimalistas.
Sendo uma colecção minimalista, não deixou de exibir a sua marca de sofisticação, luxo e muita feminilidade.
Agradou-me a fluidez das formas e do material usado (algodão), as suas cores vivas e a conjugação do preto e branco. A pop art no estampado, foi uma das suas características relevantes.
Olga Noronha deslumbrou pelo seu desfile diferente do habitual.
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Olga Noronha |
A colecção que apresentou intitulou-se de Hair | Lucination por os seus modelos apresentarem um cabelo artificial dando enfase ao conceito da perda de cabelo, seja por alupécia ou por efeitos secundários de tratamentos oncológicos.
O seu desfile teve um caracter solidário, visto o valor angariado ter revertido a favor do Instituto Português de Oncologia de Lisboa.
A sua colecção foi composta por cerca de 22 modelos nada convencionais.
Achei esta colecção espectacular, fora do comum e com um cenário completamente diferente do que se esperava. A sua mensagem solidária foi o foco do seu trabalho comp criadora daí puder-se dizer que foi um não-desfile.
Por ultímo, guardei a colecção de Miguel Vieira apresentada com o nome de "Mondrian" para esta primavera-verão 2016.
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Miguel Vieira |
O designer Miguel Vieira apresentou na Moda Lisboa uma colecção inspirada na obra do pintor Holandês Piet Mondrian com cerca de 36 peças,com a qual pretendeu mostrar a essência por trás da aparência. A sua fonte de inspiração foi a expressão gráfica em que entrançados manualmente formam padrões que fazem lembrar quadros de Mondrian.
Aqui ficam algumas das apresentações de Miguel Vieira:
Gostei muito desta colecção por apresentar uma silhueta minimalista e estilizada de cores sóbrias mas também algumas silhuetas clássicas de cintura marcada e pormenores delicados como drapeados e aplicações. O homem aparece com fatos de alfaiataria de óptimo corte em que os forros apresentam estampado geométrico que achei muito original.